Monday, August 31, 2009

(Monólogos à Mágoa )

Perto de Porto


Desço às trevas vestido de gume
Nos três últimos desejos
a meia palavra
digna de uma ilha vazia

No olhar , a cólera feita demónio,
rebuço âmago de um chão por granjear.
Ulteriormente a edificação de grilhetas,
sol prévio de laje narrada
no alvorecer sem bloco de glosas

As lezírias e o caos competiam em mim
Criações eram de agra
bagada por fenos e flores,
texturas se agitavam
e o orbe pugnava caducidade.

Tombam os atlânticos
pélago de noite
onde não desvendei tenebrosidade
e mesmo na sombra senti o calor
uma tributa luz
perpetuamente ateada
pelo débil folgo cansado meu.

(............)
a continuar

2 comments:

Telmo said...

Bem vindo de volta, espero que a pausa tenha sido enriquecedora de inspiração, tens o dom de utilizar as palavras de uma forma que me envolve na leitura das mesmas, num modo original e próprio, traduzido em belos poemas.., um abraço e boa semana.

Sofia Carvalho said...

Pelos vistos valeu a pena a espera...Vieste inspirado;) gostei d ete ler;) beijinhos