(Monólogos à Mágoa )
Perto de Porto
Desço às trevas vestido de gume
Nos três últimos desejos
a meia palavra
digna de uma ilha vazia
No olhar , a cólera feita demónio,
rebuço âmago de um chão por granjear.
Ulteriormente a edificação de grilhetas,
sol prévio de laje narrada
no alvorecer sem bloco de glosas
As lezírias e o caos competiam em mim
Criações eram de agra
bagada por fenos e flores,
texturas se agitavam
e o orbe pugnava caducidade.
Tombam os atlânticos
pélago de noite
onde não desvendei tenebrosidade
e mesmo na sombra senti o calor
uma tributa luz
perpetuamente ateada
pelo débil folgo cansado meu.
(............)
a continuar
Monday, August 31, 2009
Monday, August 10, 2009

(Monólogos à Mágoa )
Fugir de alguém
A exuberância frásica
Detona sobre o branco
Espanto
No poema coube a noite
Na manhã a promessa
Almejava-te sobre ferros
Alpondras cinza
E decretos sem lei
Fui laje, papel
Whisky
Trono sem rei
Saia varina, vareja
Cabelos de claro pinho
Suor
Sabor cereja
No vestido cândido
A marca de Orpheu
repouso ébrio ,
Talos ,
Cabelo meu
Assim porfio
Menos tão afável
Desafio
Cambaleio sobe o pasto
A disforme vontade
Grasno aos poços
Ponho T’s nas campas
Viagens tantas
Sem mim
Passageiro
Rogo o valor de outros
Tão corpos mortos
De uma cidadela
Sem fim
Vejo pela fenda a miragem
Paisagem vertical
De meia sobra centimetra
E mato , porque matar
É o começo
De um alguém com final
E assim,
Aprendo a fugir
Fujo do tempo
Fujo das manhas
E manhãs
Fujo dos leões
Lobos
Sapos e rãs
Fujo de mim
Porque é o principio
De não me ausentar
De alguém ...
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