Tuesday, July 28, 2009

Photo by Alexandre M.

"ainda sem título"

Não sei ser mais do que um nome
A linha de matriz cerúlea (o)
Que apega o corpo à alma do papel.
.
Vejo-te em sonhos de olhos encetados
Sobe o esgrime coice da tristeza
Na pena, a palavra adiada
Caligrafada em barbante de veludo
.
Como que te é compor a vociferar?
Tirar do escárnio o mal dizer
Que eu bendigo …
Não sois vós entre as mulheres
És sóis entre os homens .
.
Teu corpo sadio
Fecho de mármore
em concepção alvoroçada
.
Não te nego a paixão
A minha mão sobre a vírgula cinta
do teu corpo, em olhos meus
pretérito
de uma execução inacabada
.
Procuro te na sombra dos astros
Sentada
de copo ,vaza vodka,
a jubilar a manhã de mirtilos
.
Sem dedicatória
aponto o dedo.
O decepado séquito de alma
vestido de um malmequer
que bem te quer
.
Sei de ti,
Porque os teus deuses também dormem
E eu ,… mero homem
Ilustro as migalhas,
canto os pardais ,
desafio os ventos,
os caracóis , os gatos , os chacais .
.
Nasci sem saber
Que saberia …( A que sabe ? )
o teu nome .

1 comment:

Telmo said...

Sem título e sem (saber o) nome, mas pleno de conteudo, de desejo e paixão, palavras que levam a desenhar a beleza exterior de esse alguém desejado mas desconhecido...