Monday, October 05, 2009

(ainda sem título )

Outono de mágoas
Sonhos embalados em águas
Repouso de herói caído.
Aparece nesta trama
A certeza de quem morto se engana
Algum dia ter vivido.

Brotam nas manhãs geadas
Corpos de mulheres amadas
Solstício de feito sofrido.

Congrega-se ao seu amparo
O sangue morto disparo
Alguém terá morrido.

Ridículo torna-se a sombra no acordar
Este tantas vezes manjar
De quem a meu lado repousa
Tudo está prostrado
Lençóis, aquário e louça

Visito no cigarro
A memoria própria de quem busca
centelha do que aconteceu
Não era mais ela,
Era unicamente uma forma
Que em episódio de sono teceu

Vingar-me de mim seria convidativo
Aprimorar ao som de Mingus
a circuição a dar, sem na manhã geada
a ter de a acordar

3 comments:

Sofia Carvalho said...

...Ridículo torna-se a sombra no acordar
Este tantas vezes manjar
De quem a meu lado repousa
Tudo está prostrado
Lençóis, aquário e louça...
Gosto da forma poetica com que "brincas" com as palavras!
Fico sempre à espera d emais;)
Parabéns amigo! continua!

Telmo said...

Outono é um tema adequado á estação do ano em que entramos, leio com atenção a forma como utilizas as palavras e em poucas crias algo com tanto conteudo onde deitas para fora os teus sentimentos do momento nesses "sonhos embalados em aguas..", "Ridículo torna-se a sombra no acordar.." entre tantas outras, fico sempre á espera de ler o que escreves, li os teus anteriores posts mas não comentei pois ando numa preguiça de escrever, adorava eu encontrar tempo nesta minha complexa mente sofredora para escrever mais, como podes reparar que o faço muito pouco no meu blog, mas mais não digo pois acho que já falei demais, tem uma boa semana e muita inspiração para criares poemas interessantes que nos envolvem na sua leitura...

mARIANA said...

POR FAVOR, ESCREVE MAIS IDIOTICES POMPOSAS, ANDO A PRECISAR DE ME RIR.