(Monólogos à Mágoa )
Passeio Marginal
Um caminho feito de rogativas.
Vagueio sem glórias ou medalhas
Fronde de rosas rubras
Que adormecem em
algibeira de pano quente.
Na noite enxergo
Os rasgos dos vales acidentados
Panos de pasto
de sol posto a poente
Convívio ele de amantes sem aliança
Nos fios do pensamento
teço a viajem utópica.
Distancia tua, tão minha
de noites em que me abstenho de sono
Seria um ausentar de sublime
índole de uma legítima dentada
sobre o veio do teu colo.
As ruas por onde passo
Tecem-se de motivos
não nupciais
Adormeço crias órfãs de amor
em braços baloiços brios
poiso ininterrupto de ardor
nas orlas frias de uma praia
Multicolor é também a dor mendiga
das línguas não pátria
O peregrino sabor imaginário
Vinho , musica , cenário .
Nisto, aquém de tudo o que sobreve
vejo o tom da minha tez
a poeira não cósmica
de óxidos que a vida enfrasca.
Alquebra assim o sabor
Runa de labirintos verdes
Onde escuto o negro,
Brando sem paredes
Adejo sobre o céu
Ícaro de conveniência
E sem por mim ter misericórdia
Inicio-me conquistador da lua.
Wednesday, September 09, 2009
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
2 comments:
"Adejo sobre o céu
Ícaro de conveniência
E sem por mim ter misericórdia
Inicio-me conquistador da lua. "
poema lindo , tens noção da forma como escreves ?
adoro-te ,adoro como escreves . por enquanto anónima :-)
realmente , faz todo o sentido aquilo de que falamos naquela esplanada de santa apolónia .
um abraço, grande amigo.
sou o Tiago loll
vivam as letras :D
Post a Comment