Para Rafaela
Dá divas de mãe
Cereja que se veja
O corpo transporta os sinais das estrelas
Vertigens de homens cometa
Em avidezes de singularidade
vi-te um dia vestida de brincadeira
no castelo
ainda quase de areia
criança miúda
Disney pequena sereia
Passa que passa o tempo
Assim , num devagar diminuto
Crescido foi o vento
Velho de botas abrupto
Dos mares sais mulher
Planície de fértil delicado
Oh Ícaro, queima belo
Almeja tuas virtudes
Alojo de sentir o teu sorriso
E ao imaginá-lo renascer num alguém
Que de te bem-querer
O guarda tão bem
No colo galáxia ,… oh Mãe !!!
Ama-o
De coração
Que de Gabriel
Só me resta este papel
Tão menos gritante das noites
De fraldas açoites
Onde o sono crescido
Aclama vias lácteas.
Fácil seria dizer que seria difícil
Mas na alacridade
Do teu alento incontornável
acredito
Nunca é tarde para dizer o que nunca foi dito .
Thursday, December 10, 2009
Monday, November 23, 2009
Para Ti
Sinto fortuna nos meus braços
ter-te , foi outrora uma miragem
De forma pungente, passagem
tão longe de mim nestes Paços
.
Repouso agora em teus lábios
Carne de rubra uva
Outono de sol carpido, chuva
Vertigem de medos sábios
.
O amor vem devagar ( divagar )
paras , vens , voltas e vais
tão solta , livre , vento nos Estais
pela noite sem Ti apenas sonhar
.
Quando junto de Ti for Tu na ( tea for two)
fortuna
.
Reclamam os Deuses desse teu berço
onde anseio minha boca
pedaço esguio de morte pouca
que nele repouso , amo , padeço
.
amo-te baixinho
à varanda da minha alma
nos silêncios semeio beijos ( tributos )
reflexos
teus olhos claros ( para mim )
convexos
Sinto fortuna nos meus braços
ter-te , foi outrora uma miragem
De forma pungente, passagem
tão longe de mim nestes Paços
.
Repouso agora em teus lábios
Carne de rubra uva
Outono de sol carpido, chuva
Vertigem de medos sábios
.
O amor vem devagar ( divagar )
paras , vens , voltas e vais
tão solta , livre , vento nos Estais
pela noite sem Ti apenas sonhar
.
Quando junto de Ti for Tu na ( tea for two)
fortuna
.
Reclamam os Deuses desse teu berço
onde anseio minha boca
pedaço esguio de morte pouca
que nele repouso , amo , padeço
.
amo-te baixinho
à varanda da minha alma
nos silêncios semeio beijos ( tributos )
reflexos
teus olhos claros ( para mim )
convexos
Friday, November 20, 2009
Sombra
A minha sombra
Vejo como nela não me revelo
Tento-a reparar com posturas
Obtusas à mirada de um estranho
O estranho perspectiva
Sempre de forma diferente.
Tem nele um olhar impuro
Fruto de medos e de não comeres
E as sombras têm olhos
E mesmo assim,
É-lhes autorizado fustigar os muros
Sem sustos ou arquétipos das ordens físicas
Nas sombras revejo os vestidos de meios tons
Pretos sempre de claros olhos
Que aos molhos
Se encontram com a lua
As sombras fundem-se sem passageiro
Um passo
Um acto
Movimento ligeiro;
Simbioses sem procriação afinca
Desta sempre postura , meio sentado deitado
De ângulos estranhos e desfigurados.
Estou para mim
Como a minha sombra esteve para mim
Quando estive para mim
Tenho-me …
Não me guardo
Qual papel vegetal ,
Temática fado , festiva
Aniversário ou natal
Deixo-me só
Para que não me ausente
E da sombra guardo a saúde
É que mesmo morto , a terei
( a minha sombra )
A minha sombra
Vejo como nela não me revelo
Tento-a reparar com posturas
Obtusas à mirada de um estranho
O estranho perspectiva
Sempre de forma diferente.
Tem nele um olhar impuro
Fruto de medos e de não comeres
E as sombras têm olhos
E mesmo assim,
É-lhes autorizado fustigar os muros
Sem sustos ou arquétipos das ordens físicas
Nas sombras revejo os vestidos de meios tons
Pretos sempre de claros olhos
Que aos molhos
Se encontram com a lua
As sombras fundem-se sem passageiro
Um passo
Um acto
Movimento ligeiro;
Simbioses sem procriação afinca
Desta sempre postura , meio sentado deitado
De ângulos estranhos e desfigurados.
Estou para mim
Como a minha sombra esteve para mim
Quando estive para mim
Tenho-me …
Não me guardo
Qual papel vegetal ,
Temática fado , festiva
Aniversário ou natal
Deixo-me só
Para que não me ausente
E da sombra guardo a saúde
É que mesmo morto , a terei
( a minha sombra )
Sunday, October 25, 2009
Procrastinar :)
Eram tecidos feitos de dúvida.
Olhares que se contemplavam
Iludindo o pôr-do-sol.
Beijos mentiam os anjos
Gestos se faziam demónios
.
As margens do Tejo eram de outros
Mas tão nossas
Que as baptizávamos
.
Cabia em ti feito navio
Voz grave, ao ouvido
Surtida de pequeno
Tão grande almoço
.
Selávamo-nos por comboios
Metros de ferro feito
Talheres do manjar nosso
E como… Te fazer compreender?
Tu, tão única
Bela, sem te ter ao sol nascer
.
Perco-me nas estações
Tão mais que as do ano
E desta forma, assim
Sem plano
Faço-me íntimo
.
Deveria não dever
Questionar este tão pulcro,
Desta forma ser
Porque te gosto
Porque te faço gostar
Eu homem, tu mulher
Oh Tejo, tua preia-mar
.
E o navio ao longe
Escalava,
Desviando do seu olhar
O nosso motivo
Beijar, fingido
Gosto ou amar
..............
( A continuar )
..............
Eram tecidos feitos de dúvida.
Olhares que se contemplavam
Iludindo o pôr-do-sol.
Beijos mentiam os anjos
Gestos se faziam demónios
.
As margens do Tejo eram de outros
Mas tão nossas
Que as baptizávamos
.
Cabia em ti feito navio
Voz grave, ao ouvido
Surtida de pequeno
Tão grande almoço
.
Selávamo-nos por comboios
Metros de ferro feito
Talheres do manjar nosso
E como… Te fazer compreender?
Tu, tão única
Bela, sem te ter ao sol nascer
.
Perco-me nas estações
Tão mais que as do ano
E desta forma, assim
Sem plano
Faço-me íntimo
.
Deveria não dever
Questionar este tão pulcro,
Desta forma ser
Porque te gosto
Porque te faço gostar
Eu homem, tu mulher
Oh Tejo, tua preia-mar
.
E o navio ao longe
Escalava,
Desviando do seu olhar
O nosso motivo
Beijar, fingido
Gosto ou amar
..............
( A continuar )
..............
Monday, October 05, 2009
(ainda sem título )
Outono de mágoas
Sonhos embalados em águas
Repouso de herói caído.
Aparece nesta trama
A certeza de quem morto se engana
Algum dia ter vivido.
Brotam nas manhãs geadas
Corpos de mulheres amadas
Solstício de feito sofrido.
Congrega-se ao seu amparo
O sangue morto disparo
Alguém terá morrido.
Ridículo torna-se a sombra no acordar
Este tantas vezes manjar
De quem a meu lado repousa
Tudo está prostrado
Lençóis, aquário e louça
Visito no cigarro
A memoria própria de quem busca
centelha do que aconteceu
Não era mais ela,
Era unicamente uma forma
Que em episódio de sono teceu
Vingar-me de mim seria convidativo
Aprimorar ao som de Mingus
a circuição a dar, sem na manhã geada
a ter de a acordar
Outono de mágoas
Sonhos embalados em águas
Repouso de herói caído.
Aparece nesta trama
A certeza de quem morto se engana
Algum dia ter vivido.
Brotam nas manhãs geadas
Corpos de mulheres amadas
Solstício de feito sofrido.
Congrega-se ao seu amparo
O sangue morto disparo
Alguém terá morrido.
Ridículo torna-se a sombra no acordar
Este tantas vezes manjar
De quem a meu lado repousa
Tudo está prostrado
Lençóis, aquário e louça
Visito no cigarro
A memoria própria de quem busca
centelha do que aconteceu
Não era mais ela,
Era unicamente uma forma
Que em episódio de sono teceu
Vingar-me de mim seria convidativo
Aprimorar ao som de Mingus
a circuição a dar, sem na manhã geada
a ter de a acordar
Sunday, September 27, 2009
Escrever Merda ou Sublinhar um Livro de Pessoa
Os que passeiam simplicidade p’lo fortim não têm nela elocução de cuidado, é que não mais original é o fim tão qual inédito seu pecado.
Assanham o caos onde vomitar se desarranja com analisar. E ovos serão só omeleta,
nem tortilha, pudim , intuito hepático ou escrita de poeta.
Varrem os ombros com a altivez apropriada a decapitar um boneco de neve e sorvem todo o emaranhado frásico num é “bonito ser breve”.
Pois bem, para além disto gracejam dos talheres porquanto temos boca e a voz outrora mouca incisiva-se de cultura de sofá ou cadeira numa qualquer plateia digna de frenesi cooltural.
Perpetuam os cânones, servem-se deles como bandeira , heróis e falsos amantes anunciados na prateleira.
Visam a mente instruída, fachada de uma casa sem telhado que visualmente virado ilude um casco de veleiro de vela destruída.
Não podemos misturar grilos com crocodilos. Que sentido fariam num banco de jardim a comer do ovo o pudim sobe a sua forma não mais completa, simplicidade omeleta!
Assim querem o poeta.
Senhores de simplicidade com motivo não olhem só para o umbigo.
Certificam-se de prognosticar o gosto pela arte,
asserem o activismo crítico apoiado em ciências
e perante as incongruências
fazem questão de lembrar “isto é só um aparte”
Execro a atitude servil tão-somente contemplativa,
vegetar assanhado
enfarpelado de palavra atrevida.
E não basta o crocodilo, fazem do burro instrumento,
do homem jumento e assim pedem mais à vida... ( Que não a sua )
Agentes passivos,
entregues a insónias
Varrem-se em comprimidos
reclusos de glórias
Como não me fio neles escrevo para escrever
Críticos e políticos de faz de conta
Prazerem-se com vestidos, atitudes de montra
E como o gato, fazem-se aproximar
Sem se fazer notar
Venero tanto os que não sabem
Que sem querer aprender
Oferecem-se ao conhecimento
Tudo sem um desígnio, motivo ou momento
Critico-me à importância dada
Mas é que ficar guardada
Teria em mim uma extensão que não necessito
Serei assim, burro consciente por escrito proscrito
………………………………………………………………………………………………………………….
Os que passeiam simplicidade p’lo fortim não têm nela elocução de cuidado, é que não mais original é o fim tão qual inédito seu pecado.
Assanham o caos onde vomitar se desarranja com analisar. E ovos serão só omeleta,
nem tortilha, pudim , intuito hepático ou escrita de poeta.
Varrem os ombros com a altivez apropriada a decapitar um boneco de neve e sorvem todo o emaranhado frásico num é “bonito ser breve”.
Pois bem, para além disto gracejam dos talheres porquanto temos boca e a voz outrora mouca incisiva-se de cultura de sofá ou cadeira numa qualquer plateia digna de frenesi cooltural.
Perpetuam os cânones, servem-se deles como bandeira , heróis e falsos amantes anunciados na prateleira.
Visam a mente instruída, fachada de uma casa sem telhado que visualmente virado ilude um casco de veleiro de vela destruída.
Não podemos misturar grilos com crocodilos. Que sentido fariam num banco de jardim a comer do ovo o pudim sobe a sua forma não mais completa, simplicidade omeleta!
Assim querem o poeta.
Senhores de simplicidade com motivo não olhem só para o umbigo.
Certificam-se de prognosticar o gosto pela arte,
asserem o activismo crítico apoiado em ciências
e perante as incongruências
fazem questão de lembrar “isto é só um aparte”
Execro a atitude servil tão-somente contemplativa,
vegetar assanhado
enfarpelado de palavra atrevida.
E não basta o crocodilo, fazem do burro instrumento,
do homem jumento e assim pedem mais à vida... ( Que não a sua )
Agentes passivos,
entregues a insónias
Varrem-se em comprimidos
reclusos de glórias
Como não me fio neles escrevo para escrever
Críticos e políticos de faz de conta
Prazerem-se com vestidos, atitudes de montra
E como o gato, fazem-se aproximar
Sem se fazer notar
Venero tanto os que não sabem
Que sem querer aprender
Oferecem-se ao conhecimento
Tudo sem um desígnio, motivo ou momento
Critico-me à importância dada
Mas é que ficar guardada
Teria em mim uma extensão que não necessito
Serei assim, burro consciente por escrito proscrito
………………………………………………………………………………………………………………….
Wednesday, September 09, 2009
(Monólogos à Mágoa )
Passeio Marginal
Um caminho feito de rogativas.
Vagueio sem glórias ou medalhas
Fronde de rosas rubras
Que adormecem em
algibeira de pano quente.
Na noite enxergo
Os rasgos dos vales acidentados
Panos de pasto
de sol posto a poente
Convívio ele de amantes sem aliança
Nos fios do pensamento
teço a viajem utópica.
Distancia tua, tão minha
de noites em que me abstenho de sono
Seria um ausentar de sublime
índole de uma legítima dentada
sobre o veio do teu colo.
As ruas por onde passo
Tecem-se de motivos
não nupciais
Adormeço crias órfãs de amor
em braços baloiços brios
poiso ininterrupto de ardor
nas orlas frias de uma praia
Multicolor é também a dor mendiga
das línguas não pátria
O peregrino sabor imaginário
Vinho , musica , cenário .
Nisto, aquém de tudo o que sobreve
vejo o tom da minha tez
a poeira não cósmica
de óxidos que a vida enfrasca.
Alquebra assim o sabor
Runa de labirintos verdes
Onde escuto o negro,
Brando sem paredes
Adejo sobre o céu
Ícaro de conveniência
E sem por mim ter misericórdia
Inicio-me conquistador da lua.
Passeio Marginal
Um caminho feito de rogativas.
Vagueio sem glórias ou medalhas
Fronde de rosas rubras
Que adormecem em
algibeira de pano quente.
Na noite enxergo
Os rasgos dos vales acidentados
Panos de pasto
de sol posto a poente
Convívio ele de amantes sem aliança
Nos fios do pensamento
teço a viajem utópica.
Distancia tua, tão minha
de noites em que me abstenho de sono
Seria um ausentar de sublime
índole de uma legítima dentada
sobre o veio do teu colo.
As ruas por onde passo
Tecem-se de motivos
não nupciais
Adormeço crias órfãs de amor
em braços baloiços brios
poiso ininterrupto de ardor
nas orlas frias de uma praia
Multicolor é também a dor mendiga
das línguas não pátria
O peregrino sabor imaginário
Vinho , musica , cenário .
Nisto, aquém de tudo o que sobreve
vejo o tom da minha tez
a poeira não cósmica
de óxidos que a vida enfrasca.
Alquebra assim o sabor
Runa de labirintos verdes
Onde escuto o negro,
Brando sem paredes
Adejo sobre o céu
Ícaro de conveniência
E sem por mim ter misericórdia
Inicio-me conquistador da lua.
Monday, August 31, 2009
(Monólogos à Mágoa )
Perto de Porto
Desço às trevas vestido de gume
Nos três últimos desejos
a meia palavra
digna de uma ilha vazia
No olhar , a cólera feita demónio,
rebuço âmago de um chão por granjear.
Ulteriormente a edificação de grilhetas,
sol prévio de laje narrada
no alvorecer sem bloco de glosas
As lezírias e o caos competiam em mim
Criações eram de agra
bagada por fenos e flores,
texturas se agitavam
e o orbe pugnava caducidade.
Tombam os atlânticos
pélago de noite
onde não desvendei tenebrosidade
e mesmo na sombra senti o calor
uma tributa luz
perpetuamente ateada
pelo débil folgo cansado meu.
(............)
a continuar
Perto de Porto
Desço às trevas vestido de gume
Nos três últimos desejos
a meia palavra
digna de uma ilha vazia
No olhar , a cólera feita demónio,
rebuço âmago de um chão por granjear.
Ulteriormente a edificação de grilhetas,
sol prévio de laje narrada
no alvorecer sem bloco de glosas
As lezírias e o caos competiam em mim
Criações eram de agra
bagada por fenos e flores,
texturas se agitavam
e o orbe pugnava caducidade.
Tombam os atlânticos
pélago de noite
onde não desvendei tenebrosidade
e mesmo na sombra senti o calor
uma tributa luz
perpetuamente ateada
pelo débil folgo cansado meu.
(............)
a continuar
Monday, August 10, 2009
Pintura a Óleo by Alexandre M. ( In Pain T )
(Monólogos à Mágoa )
Fugir de alguém
A exuberância frásica
Detona sobre o branco
Espanto
No poema coube a noite
Na manhã a promessa
Almejava-te sobre ferros
Alpondras cinza
E decretos sem lei
Fui laje, papel
Whisky
Trono sem rei
Saia varina, vareja
Cabelos de claro pinho
Suor
Sabor cereja
No vestido cândido
A marca de Orpheu
repouso ébrio ,
Talos ,
Cabelo meu
Assim porfio
Menos tão afável
Desafio
Cambaleio sobe o pasto
A disforme vontade
Grasno aos poços
Ponho T’s nas campas
Viagens tantas
Sem mim
Passageiro
Rogo o valor de outros
Tão corpos mortos
De uma cidadela
Sem fim
Vejo pela fenda a miragem
Paisagem vertical
De meia sobra centimetra
E mato , porque matar
É o começo
De um alguém com final
E assim,
Aprendo a fugir
Fujo do tempo
Fujo das manhas
E manhãs
Fujo dos leões
Lobos
Sapos e rãs
Fujo de mim
Porque é o principio
De não me ausentar
De alguém ...
(Monólogos à Mágoa )
Fugir de alguém
A exuberância frásica
Detona sobre o branco
Espanto
No poema coube a noite
Na manhã a promessa
Almejava-te sobre ferros
Alpondras cinza
E decretos sem lei
Fui laje, papel
Whisky
Trono sem rei
Saia varina, vareja
Cabelos de claro pinho
Suor
Sabor cereja
No vestido cândido
A marca de Orpheu
repouso ébrio ,
Talos ,
Cabelo meu
Assim porfio
Menos tão afável
Desafio
Cambaleio sobe o pasto
A disforme vontade
Grasno aos poços
Ponho T’s nas campas
Viagens tantas
Sem mim
Passageiro
Rogo o valor de outros
Tão corpos mortos
De uma cidadela
Sem fim
Vejo pela fenda a miragem
Paisagem vertical
De meia sobra centimetra
E mato , porque matar
É o começo
De um alguém com final
E assim,
Aprendo a fugir
Fujo do tempo
Fujo das manhas
E manhãs
Fujo dos leões
Lobos
Sapos e rãs
Fujo de mim
Porque é o principio
De não me ausentar
De alguém ...
Wednesday, July 29, 2009
Photo by Alexandre M.
Poeta de Ti
Dois segundos.
O tempo do suspiro
A torna de momento que almejo
Quando te vejo nua no papel
Dois seres …
Dois seres, mundos mudos
Dois segundos
A dista do tornozelo
ao teu joelho , que tantas narras teve
Nota do trovão que nunca
Tive no Abril, que hoje tenho
Sem ti
A sedução do papel, o desabitado
Sem cor … nada escrito.
Nele cabem todas as possibilidades
O ensejo ….
Os beijos que nunca te dei
As roupas que nunca te despi
Nele, respiro o orgulho queimado
Esta vontade de estar em ti
Não sei ser poeta
E se sei ,
Sei ser poeta de ti
Apego-me ao que chamamos virtual
Mas não será isso um pequeno senão?
Que tão qual a imaginação
(ser pequeno no mal?)
Me faz folhear o teu corpo
Hino sem canção
(fodo-te tantas vezes sem te tocar)
Vertijo-me em ti
E, sem contigo caber na tua banheira
Doo aos deuses as imagens em que nela
Te banhas de leite às escuras
De joelho não submerso
A deliciar
O vinho, o jazz
As vírgulas curvas tuas
Delitos famintos
Dos quatro cavaleiros,
És tu analogia melíflua,
O último dos meus apocalipses
Poeta de Ti
Dois segundos.
O tempo do suspiro
A torna de momento que almejo
Quando te vejo nua no papel
Dois seres …
Dois seres, mundos mudos
Dois segundos
A dista do tornozelo
ao teu joelho , que tantas narras teve
Nota do trovão que nunca
Tive no Abril, que hoje tenho
Sem ti
A sedução do papel, o desabitado
Sem cor … nada escrito.
Nele cabem todas as possibilidades
O ensejo ….
Os beijos que nunca te dei
As roupas que nunca te despi
Nele, respiro o orgulho queimado
Esta vontade de estar em ti
Não sei ser poeta
E se sei ,
Sei ser poeta de ti
Apego-me ao que chamamos virtual
Mas não será isso um pequeno senão?
Que tão qual a imaginação
(ser pequeno no mal?)
Me faz folhear o teu corpo
Hino sem canção
(fodo-te tantas vezes sem te tocar)
Vertijo-me em ti
E, sem contigo caber na tua banheira
Doo aos deuses as imagens em que nela
Te banhas de leite às escuras
De joelho não submerso
A deliciar
O vinho, o jazz
As vírgulas curvas tuas
Delitos famintos
Dos quatro cavaleiros,
És tu analogia melíflua,
O último dos meus apocalipses
Tuesday, July 28, 2009
Photo by Alexandre M.
Fome
Era a forma cúpula do teu corpo
Um desejo de volúpia
Rubro sangue , paixão cereja
Corria a ti em fantasia selvática
Beijava o corpo com o acerto de pérolas loucas
As vozes , tão moucas
De um cardeal agitado
Tal como um rio , torrente
de salivas , pornografia em óculo fácil
Reunião de corpos
Acervo, as actas
Afagar a carne tua
O sal húmido
Nem sol , qual lua
Eras tu , assim tão minha
Nua
Volátil e cansada
Oh mulher
Nunca de sempre
Amada
Rainha de copas negra
Princesa órfã de afecto.
É bom encontrar-te plena
Rasgada de rebate
Vestida de …
Roupa maninha, argêntea.
Suja de fluidos
Véus e céus de deusa.
A tempestade do inevitável
Preludia os cheiros
A causticidade da mão
Na silhueta cálida e suada.
Os sons deixam de o ser
Melodizam agora o ungir da pele
Acertamos as dentadas em papel ,com notas
e músicas desafinadas pelas tuas unhas em riste.
A pressão é de jeitos
Aferem no gotejar teu
Que te faço provar na boca míngua
Desenhada de lábios inquietos
Cedemos os corpos à demente
casta de luxúria
Na tua gorja
precipitar ósculos
deleites de fome mendiga
Os sussurros apressam
o cio clandestino
um liminar lascivo
prévio de sexo ávido
com rotundas lúbricas
sem sinais de proibição.
Lambo -te a pele salgada
Vertigem não tão,
assim, assinalada
Corrupio fértil de ampolas
Teus cachos
Frutas bravias, amoras
Paliando-me no teu lácteo
Corpo , encontro as demoras
Os sétimos dias dos deuses
Que arriscam serenos
o contemplar ocioso de quem te compôs
, um também com amor
Que não avisto
E então , amante
rotundo as Chinas
Cortejo os bordões das suas muralhas.
Assim , chuvoso , precipito-me
No teu voo sem mapa
Durmo , sem tapete carmino
E coro pela manhã com meu joelho no teu
Pequeno almoçar matutino
Cevado de risos , vergonhas
e memorias da noite que aconteceu.
Puxo o cigarro
E novamente,
Bebo os meus dedos em ti
Fome
Era a forma cúpula do teu corpo
Um desejo de volúpia
Rubro sangue , paixão cereja
Corria a ti em fantasia selvática
Beijava o corpo com o acerto de pérolas loucas
As vozes , tão moucas
De um cardeal agitado
Tal como um rio , torrente
de salivas , pornografia em óculo fácil
Reunião de corpos
Acervo, as actas
Afagar a carne tua
O sal húmido
Nem sol , qual lua
Eras tu , assim tão minha
Nua
Volátil e cansada
Oh mulher
Nunca de sempre
Amada
Rainha de copas negra
Princesa órfã de afecto.
É bom encontrar-te plena
Rasgada de rebate
Vestida de …
Roupa maninha, argêntea.
Suja de fluidos
Véus e céus de deusa.
A tempestade do inevitável
Preludia os cheiros
A causticidade da mão
Na silhueta cálida e suada.
Os sons deixam de o ser
Melodizam agora o ungir da pele
Acertamos as dentadas em papel ,com notas
e músicas desafinadas pelas tuas unhas em riste.
A pressão é de jeitos
Aferem no gotejar teu
Que te faço provar na boca míngua
Desenhada de lábios inquietos
Cedemos os corpos à demente
casta de luxúria
Na tua gorja
precipitar ósculos
deleites de fome mendiga
Os sussurros apressam
o cio clandestino
um liminar lascivo
prévio de sexo ávido
com rotundas lúbricas
sem sinais de proibição.
Lambo -te a pele salgada
Vertigem não tão,
assim, assinalada
Corrupio fértil de ampolas
Teus cachos
Frutas bravias, amoras
Paliando-me no teu lácteo
Corpo , encontro as demoras
Os sétimos dias dos deuses
Que arriscam serenos
o contemplar ocioso de quem te compôs
, um também com amor
Que não avisto
E então , amante
rotundo as Chinas
Cortejo os bordões das suas muralhas.
Assim , chuvoso , precipito-me
No teu voo sem mapa
Durmo , sem tapete carmino
E coro pela manhã com meu joelho no teu
Pequeno almoçar matutino
Cevado de risos , vergonhas
e memorias da noite que aconteceu.
Puxo o cigarro
E novamente,
Bebo os meus dedos em ti
Photo by Alexandre M.
"ainda sem título"
Não sei ser mais do que um nome
A linha de matriz cerúlea (o)
Que apega o corpo à alma do papel.
.
Vejo-te em sonhos de olhos encetados
Sobe o esgrime coice da tristeza
Na pena, a palavra adiada
Caligrafada em barbante de veludo
.
Como que te é compor a vociferar?
Tirar do escárnio o mal dizer
Que eu bendigo …
Não sois vós entre as mulheres
És sóis entre os homens .
.
Teu corpo sadio
Fecho de mármore
em concepção alvoroçada
.
Não te nego a paixão
A minha mão sobre a vírgula cinta
do teu corpo, em olhos meus
pretérito
de uma execução inacabada
.
Procuro te na sombra dos astros
Sentada
de copo ,vaza vodka,
a jubilar a manhã de mirtilos
.
Sem dedicatória
aponto o dedo.
O decepado séquito de alma
vestido de um malmequer
que bem te quer
.
Sei de ti,
Porque os teus deuses também dormem
E eu ,… mero homem
Ilustro as migalhas,
canto os pardais ,
desafio os ventos,
os caracóis , os gatos , os chacais .
.
Nasci sem saber
Que saberia …( A que sabe ? )
o teu nome .
"ainda sem título"
Não sei ser mais do que um nome
A linha de matriz cerúlea (o)
Que apega o corpo à alma do papel.
.
Vejo-te em sonhos de olhos encetados
Sobe o esgrime coice da tristeza
Na pena, a palavra adiada
Caligrafada em barbante de veludo
.
Como que te é compor a vociferar?
Tirar do escárnio o mal dizer
Que eu bendigo …
Não sois vós entre as mulheres
És sóis entre os homens .
.
Teu corpo sadio
Fecho de mármore
em concepção alvoroçada
.
Não te nego a paixão
A minha mão sobre a vírgula cinta
do teu corpo, em olhos meus
pretérito
de uma execução inacabada
.
Procuro te na sombra dos astros
Sentada
de copo ,vaza vodka,
a jubilar a manhã de mirtilos
.
Sem dedicatória
aponto o dedo.
O decepado séquito de alma
vestido de um malmequer
que bem te quer
.
Sei de ti,
Porque os teus deuses também dormem
E eu ,… mero homem
Ilustro as migalhas,
canto os pardais ,
desafio os ventos,
os caracóis , os gatos , os chacais .
.
Nasci sem saber
Que saberia …( A que sabe ? )
o teu nome .
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